Um pouco de Shoujo

Blog de resenhas de animes shoujo, comédias, romances, entre outros gêneros. Além de abordar também filmes, mangas e doramas.


Já faz tempo que não consigo ver animes pela quantidade enorme de fanservice que os estúdios insistem em colocar em detrimento de um bom enredo, tudo sempre se resume a garotas peitudas ou um harém insuportável e previsível, mas resolvi me arriscar em Yuri!!! On Ice e não me decepcionei, embora também não entre na minha lista de melhores animes.

Yuri Katsuki é um jovem patinador japonês que após uma grande derrota nas competições finais do Grande Prêmio de Patinagem Artística no Gelo, vindo de uma sequência de outras derrotas, resolve interromper temporariamente a sua carreira. Depois de se formar na faculdade o protagonista volta pra casa e uma amiga o grava imitando perfeitamente uma coreografia do famoso patinador russo Victor Nikiforov, seu ídolo desde criança. O vídeo vai parar na internet, se torna um viral e Victor ao assistir aparece na casa de Yuri decidindo ser seu técnico, o que deixa o mundo da patinação perplexo, já que ninguém esperava que Victor fosse parar de competir para ajudar um garoto desconhecido. 

Ao longo do anime vamos vendo a relação dos dois que às vezes vai além de técnico/pupilo e também vamos acompanhando Yuri superar seus traumas em relação às derrotas. Outros personagens aparecem na história, mas o coadjuvante mais importante e meu preferido é Yuri Plisetsky (apelidado de Yurio), um patinador prodígio russo de quinze anos de idade que não se conforma com o Victor sendo técnico do protagonista.


Realmente não me importo com os momentos fanservice em animes desde que estejam lá por algum bom motivo decente, o que graças a Deus foi o que aconteceu em Yuri!!! On Ice. Ironicamente, o nome Yuri no título tem a ver com nome do personagem e não com garotas se relacionando. Na verdade, o que temos no anime são várias cenas yaoi para ativar a loucura das fãs do gênero! Não existe um desenvolvimento amoroso profundo na história e o roteiro gosta de flertar com a nossa imaginação neste quesito e curti esse flerte, não ficou excessivo de forma alguma. Mesmo porque o foco do anime é a evolução do protagonista como patinador e como todo bom anime de esporte o tema central é a superação.

Yuri desenvolveu muitos problemas com suas derrotas, se torna uma pessoa insegura e isso o prejudica, por outra lado Victor não é um treinador experiente e os dois juntos tentam ganhar as competições com todo seus problemas. Claro que Victor gosta de usar e abusar do fato de ser bonito e sexy para deixar o coitado do Yuri constrangido e é difícil não rir com todas as cenas de Victor na casa de Yuri e nas termas. Aliás, as cenas de alívio cômico são muito boas.


Gosto de animes de esporte que nos ensine sobre as competições, por isso amo Chihayafuru, e Yuri!!! On Ice faz isso também muito bem. O problema é qualquer drama além das competições é resolvido muito facilmente e o excesso da competição dos outros participantes que não tem importância na história foi uma quebra de ritmo que não me agradou. Gostei de ver as apresentações, mas nem tanto como eu imaginava.

A qualidade do anime é boa, mescla algumas cenas excelentes em que as coreografias são um arraso com outras mais medianas e as músicas combinadas com as apresentações são ótimas e esteticamente falando é um anime muito bonito.


De modo geral, Yuri!!! On Ice tem uma história boa, os personagens principais são carismáticos, em alguns momentos a gente sente bem a tensão que os atletas sofrem ao competir e torci loucamente pelo Yuri. Apesar de não ter me impactado como eu esperava é um bom anime e vale a pena conferir!

Michele Lima (Pers)

Quem acompanha o blog sabe que eu adoro o anime Lovely Complex, é um dos meus shoujos preferidos! E fiquei mega feliz quando o site que colaboro, o Mundo Blá, me deu um exemplar do mangá lançado pela Panini

O mangá foi escrito por Aya Nakahara, lançado na revista Bessatsu Margaret pela Shueisha de 2001 a 2006 e mostra a história de Risa Koizumi e Atsushi Otani, ela muito alta, com 1,72 de altura e ele baixinho, com 1,56. Os dois amigos são conhecidos como "All Hanshin Kyojin", comediantes japoneses com alturas diferentes! 

Risa e Otani acham que não conseguem arrumar namorado (a) por causa da altura deles e fazem uma aposta pra ver quem consegue um par romântico primeiro. O problema é que Risa acaba se apaixonando pelo amigo, dificultando um pouco as coisas. 


No primeiro volume vemos com os dois amigos adoram se provocar, apesar de se darem super bem! Somos apresentados também aos amigos dos protagonistas que são ótimos coadjuvantes, como Suzuki, o rapaz por quem Risa a princípio se apaixona, Chiharu por quem Otani se interessa, Nobuko e Nakao. 

Risa é uma personagem carismática, meio moleca e generosa, já que mesmo apaixonada por Suzuki abre mão de lutar pelo amor por causa de sua amizade com Chiharu. Já Otani é marrento e apesar da altura joga basquete muito bem. Os dois amigos parecem ser são opostos, mas na verdade possuem muita coisa em comum.

Loveley Complex volume 1 tem um traço muito bonito, aliás, o Otani do mangá tem um traço mais delicado do que do anime. O volume termina com um ótimo gancho para o segundo volume e estou ansiosa para acompanhar novamente o romance desses amigos!

Michele Lima
Abaixo um texto do nosso correspondente do Japão: meu amigo Eiti!

Olá pessoal! A época de formatura já está passando, mas ao ver as fotos de formatura da faculdade observamos algo curioso. Os homens vestidos de terno e as mulheres com um kimono e um hakama diferente do costume.


O hakama é uma peça da vestimenta tradicional japonesa utilizado principalmente pelos homens. O hakama mais conhecido é o Uma nori que tem um corte no meio como uma calça. Ele foi desenvolvido para ser utilizado principalmente para subir no cavalo, mas atualmente é utilizado principalmente para eventos formais como casamento e cerimônia do chá. Também existem os hakamas para trabalho e é este que vemos os artistas marciais utilizarem.




O uso de hakama em eventos formais pelas mulheres era normal até a era Heian (século 8 a 12), mas foi entrando em desuso até que a abertura dos portos para o mundo ocidental aconteceu na era Meiji (1868 - 1912). Com a entrada da cultura ocidental, também houve a criação de escolas estruturadas como no ocidente. O kimono tradicional é muito bom para sentar sobre o tatami, mas as cadeiras foram introduzidas nas salas de aulas. Nesta condição, o kimono vai saindo do formato até abrir. Para que isso não acontecesse, o governo definiu que os uniformes escolares deveriam utilizar o hakama para evitar acidentes. O hakama também tem a vantagem de deixar o barra do kimono alto, facilitando a movimentação. O problema é que como não existia mais hakama feminino, no começo foi utilizado o hakama masculino. Isso fez com que a população fosse contra a sua introdução.


Não se sabe exatamente quem criou o hakama feminino, mas ele é baseado nos hakamas sem a separação no meio utilizado dentro da residencia imperial. O seu uso teve uma boa aceitação da população e se tornou a moda desejada por muitas meninas e mulheres. As pessoas que utilizavam esse hakama eram professoras e alunas. Apenas filhas da elite poderiam estudar nas escolas e uma das poucas profissões que mulheres independentes poderiam fazer fora de casa era a de professora. Portanto a fascinação por essa elite estudada somada com o movimento feminista da época criou uma mitificação desta moda que permanece até hoje na forma de formatura.

Curiosamente esta moda também permitiu que as meninas pudessem escolher a vestimenta que elas realmente querem vestir e criou um mercado de moda produzido e feito para elas. Inclusive nesta época começa a sair revistas femininas de moda.


Então é isso aí pessoal! Quem tiver mais curiosidades sobre o Japão deixe nos comentários!

Eiti

Oi gente! Dessa vez não é a Pers que fala, e sim a Pandora. Eu já andei por aqui em outros posts, sou sócia da Pers em outros projetos e a sociedade chegou até aqui. Espero que vocês gostem dos meus posts tanto quanto gostam dos dela.

Desde minha adolescência sou apaixonada por Machado de Assis. Lembro até hoje o dia no qual perguntei a minha professora de português sobre ele com Dom Casmurro nas mãos e ela disse: "Ele é muito irônico!". Eu pensei no mesmo instante: "Adoro ironia!" e comecei minha trajetória com o Bruxo do Cosme Velho que percorreu toda a sua obra. Como comecei com Machado no auge de seu sarcasmo quase cruel, Helena foi uma história que me surpreendeu e ficou presa no meu coração pela sua doçura, romantismo, leveza e desfecho dramático.


Então quando vi o anuncio que o Studio Seasons faria uma adaptação do livro fiquei encantada, contando os dias, horas, segundos... Devorando cada notícia que vi pela frente até finalmente conseguir ter o meu exemplar em mãos e não me frustrei em nada.

Nele conhecemos a história de uma tradicional família rica dos tempos do Império do Brasil, a família Vale. Quando o patriarca da família, Conselheiro Vale morre, revela em seu testamento a existência de uma filha ilegitima a qual ele deseja vê incluída no seio familiar composto por seu filho Estácio e sua irmã Dona Úrsula. 


Para os moldes da sociedade hierarquizada, desigual, hipócrita e simbolicamente violenta do século XIX, o desejo do Conselheiro Vale seria no minimo extravagante, um tanto inadequado. Tudo bem ter uma filha fora do casamento, muito correto lhe deixar um legado, mas impor sua aceitação no núcleo familiar? Definitivamente excessivo! 


No entanto, também segundo os moldes da sociedade patriarcal do século XIX brasileiro, a vontade do patriarca era uma ordem a ser respeitada e nada mais. Assim Estácio e Dona Úrsula aceitam Helena e quão surpresos não ficam quando a jovem passo a passo vai provando ser de valor inestimável e conquista a todos..

"Helena praticava de livros ou de alfinetes, de bailes ou de arranjos de casa com igual interesse e gosto, frívola com os frívolos, grave com os que o eram, atenciosa e ouvida, sem entono nem vulgaridade. Havia nela a jovialidade da menina e a compostura da mulher feita, um acordo de virtudes domésticas e maneiras elegantes."

Aliás, TODOS não, o Dr. Camargo, amigo da família tem lá suas ressalvas a jovem. Ressalvas essas que se intensificam quando esse percebe que os sentimentos de Estácio por Helena se tornam mais fortes dos que ele nutre por sua frívola filha que ele ardentemente deseja casar com Estácio.


E como se não fosse suficiente ainda existem mistérios cercando a jovem... Mistérios sobre sua origem, seus passeios a cavalo, suas crises de consciência temperados por uma ameaça de amor incestuoso entre ela e o irmão.

Helena é um legitimo folhetim do século XIX, uma novela, um roteiro perfeito para um shoujo. Eu simplesmente amei ter essa história cheia de reviravoltas, romance e drama em mão. Pela calor do reencontro com uma história querida ri, pela emoção gerada pelo desfecho da história chorei, por tudo que ela é eu recomendo para todas e todos.


Jaci - Pandora
Dados da Obra

Titulo: Helena
Autor: Studio Seasons 
Ano de Publicação: 2014
Páginas: 256
Editora New Pop

Hoje meu querido amigo Eiti é quem escreve aqui no blog e ele que está morando no Japão vai falar de Orange, um pouco do mangá e também do filme!

Orange

Olá pessoal! Acredito que muitas pessoas tem algum tipo de arrependimento e fica imaginando o que aconteceria se mudasse alguma coisa da sua vida. Este é o motivo de viagem no tempo que é algo de ficção científica com seus paradoxos serem aplicados em vários gêneros. Hoje vou falar sobre Orange, um mangá shoujo com shounen e viagens no tempo.

Orange é um mangá publicado desde 2012 e finalizado em 2015 com 5 volumes. Começou sendo publicado na revista Bessatsu Margaret, mas por motivo de saúde foi cancelado. Depois retornou na Gekkan Action de público masculino. Isso não significa que seu estilo mudou, mas que sua fórmula cativa qual quer público.


Takamiya Naho recebe uma carta dela, mas acha que é uma brincadeira de alguém. Quando vai para a escola percebe que a carta contém eventos que vão acontecer no futuro, como a chegada de um novo aluno na escola chamado Naruse Kakeru. Nestas cartas contém algumas instruções, mas Naho continua ignorando até descobrir que esta carta foi enviada para tentar salvar Kakeru que vai morrer em pouco tempo.

A graça desta série está no fato da protagonista tentar seguir as instruções da carta para salvar Kakeru, mas nem sempre consegue. Depois que ela pega o jeito de seguir as instruções, começa a dúvida de que tudo pode dar errado caso mude muitas coisas. A linha temporal vai se afastar tanto do original que pode trazer a morte de kakeru de novo. Essa dúvida levantada ao longo da série te cativa e não deixa parar até descobrir o final.

Para fãs de shoujo que adora um triângulo amoroso, claro que esta série tem um triângulo amoroso. No futuro, Naho está casada com o Suwa Hiroto e inclusive tem um filho, mas ela está tentando salvar Kakeru e isso leva para um romance amoroso. Suwa está preparado a jogar o seu futuro com a Naho para salvar o Kakeru. O triângulo amoroso não é tão focado na série, tal vez o drama de salvar o Kakeru já seja suficientemente forte e focar muito no triângulo amoroso não seria tão apropriado.


Orange é um shoujo mais acessível ao público masculino por ser um romance, mas com foco em salvar um amigo. A amizade aqui é um dos focos da série e os personagens coadjuvantes são tão (ou mais) cativantes que os protagonistas.

A série foca mais na juventude dos protagonistas, mas também mostra os amigos adultos. As duas linhas são contadas ao mesmo tempo e os dois são concluídos ao mesmo tempo. Então vemos os protagonistas se esforçando para salvar Kakeru e depois de ficarmos aliviados com isso, o mangá te lembra novamente da dor dos personagens. Esta estrutura aumenta a tensão e a emoção no final.

O traço do mangá é mais para fofo, mas sem exageros que poluem o visual do mangá. Mas dessa vez não vou escrever muita coisa, vejam o vídeo abaixo que é um PV da música adaptação do filme com imagens do mangá.


A série teve uma adaptação bem fiel para o cinema. Claro que o filme tem menos tempo, então retiraram muito da parte cômica e a importância das personagens coadjuvantes. Mas o filme é muito bom, tem um visual muito bonito e fiel ao mangá, já que foi gravado na cidade de Matsumoto na província de Nagano, mesma cidade do mangá. Os atores escolhidos para o filme são bem parecidos com o mangá também, mas a protagonista tem uma voz bem chatinha. A música utilizada no filme também é muito boa e cria um clima ainda melhorar. Se quiser chorar ainda mais que no mangá, aqui está a indicação.

O filme tem como música tema Mirai (futuro) da dupla Kobukuro. As músicas da dupla são bem emocionantes e este não é diferente. A letra conta pela visão da Naho e faz uma comparação muito bonita entre árvore e linha temporal. A árvore aqui seria o de Sakura, já que esta árvore não tem folha quando florida, portanto, em todo futuro terá uma flor.


Este mangá é um drama muito bem escrito, que tem uma estrutura perfeita para te cativar e não largar até terminar a série. A produção do filme foi muito bem feita e a música encaixa perfeitamente, vendendo muito bem até o momento. Inclusive vão relançar o CD numa edição limitada. Aqui vai uma indicação para quem gosta de shoujo ou tem curiosidade de conhecer.

[Spoiler]

Não costumo escrever texto com spoiler, mas este vale a pena. Não sei como está a edição brasileira do mangá, mas na japonesa tem uma informação extra na contra capa que fica escondido. No final Kakeru não vai suicidar e viver feliz com os amigos. Mas e o Suwa? Não vai ficar mais com a Naho e ter filho? Na contra capa tem uma imagem onde está todos os amigos vendo os sakuras quando jovens e quando adulto. Na versão adulto, está todos eles, inclusive o kakeru, mas Naho está segurando um bebê junto com o Suwa. No final, os dois estão destinados a ficar juntos.

[/Spoiler]


Eiti
Eu tenho a péssima mania de começar a colecionar uma mangá e não terminar, mas que culpa eu tenho se ás vezes o dinheiro é pouco, ou se eu esqueço ou se me desinteresso com a história! Ou se ainda o mangá tem volumes infinitos?

Pois bem, como ando mais lendo mangá do que vendo animes, resolvi mostrar alguns que estão na minha estante! E alguns DVDs também!

O castelo animado é um dos filmes preferidos! Eu tinha que tê-lo!


Zero no Tsukaima comprei na Liberdade, já Yuyu Hakusho (DVD) ganhei do meu irmão! The seven deadly sin é o exemplo de mangás que comecei e nunca terminei!


Meu box lindo do Studio Ghibli!



Chobits ainda estou colecionando, mas o mangá do Yuyu está completo!


Black Bird eu li tudo online, mas não consegui completar a coleção e hoje é um sofrimento achá-los!


Steins; Gate é um dos pouco que li o mangá, mas não vi o anime (ainda)! E adorei o fato de ser três, deu pra completar numa boa!


K-On também é outro exemplo de mangá curto, além de ser super divertido!


E por fim, meu mangá do momento: Orange!


Espero que tenham gostado, em breve resenha de alguns deles aqui no blog!

Michele Lima

Gugure! Kokkuri-san é um daqueles animes que a gente encontra por acaso e se apaixona perdidamente!

Kohina Ichimatsu é uma garotinha que vive sozinha, diz que ela é na verdade uma boneca, e come nada além de macarrão instantâneo. Um dia, jogando Kokkuri acaba convoca o espírito de raposa Kokkuri-san, que resolve cuidar dela, criando-a como uma mãe, ou melhor, um pai. Com isso, a vida de Kohina muda completamente porque junto com Kokkuri aparecem mais dois espíritos ao longo do anime: Inugami, um espirito cachorro apaixonado pela Kohina, que, aliás, muda de sexo de acordo com sua conveniência e Shigaraki um velho tanuki pervertido.


Pobre Kokkuri acaba tendo muito trabalho, pois além de precisar convencer a Kohina a se alimentar direito, precisa protege-la de Inugami e das peripécias de Shigaraki e assim vamos vemos muitos brigas engraçadas ao longo do anime.

Infelizmente, pouco se sabe sobre os pais de Kohina e dos motivos dela viver sozinha, mas isso só aumenta o toque completamente nonsense do anime. É difícil assistir Gugure! Kokkuri-san sem dar risada, seja pelas brincadeiras com o Google, com a forma feminina de Inugami atrair Shigaraki, mesmo sabendo que ele pode ter a forma masculina ou simplesmente com o fato de Kokkuri perder os cabelos, entre outras bizarrices.


O anime adapta bem o estilo 4-koma (tirinhas de quatro painéis) e acaba nos mostrando que uma família não tradicional também é uma família. Apesar de todos os personagens serem diferentes, o amor pela Kohina os une e mesmo com todas as discussões os personagens vivem em um ambiente familiar bastante comum a todos nós. 


Dirigido por Yoshimasa Hiraike, Gugure! Kokkuri-san nos mostra uma perspectiva diferente de família, nos ensina mais sobre as lendas orientai, além de ser super divertido, rapidinho o telespectador acaba assistindo os 12 episódios!

Pers (Michele Lima)

Olá pessoal!

Sei que ando sumida, mas tenho um bom motivo: meu outro blog chamado O que tem na nossa estante! Este blog é uma parceria com minha amiga Pandora e como está crescendo, crescendo, ficou difícil manter duas coisas ao mesmo tempo. Porém, nessas férias pretendo colocar meus animes e mangás em dia! A começar por terminar a terceira temporada de Working e escrever sobre o mangá Steins;Gate. Enquanto isso, se quiserem divirtam-se com os vídeos do canal da Estante, falei de Chobits por lá!

            


Pers


Ryuu Yamada é um estudante do segundo ano meio briguento e preguiçoso, mas um dia ao tropeçar em uma escada, cai em cima da Urara Shiraishi, uma estudante bonita e super inteligente. Yamada e Shiraishi acabam trocando de corpos, por causa de um beijo ocorrido durante a queda. Depois de muitas tentativas para trocarem novamente de corpos e nos seguintes episódios, descobrimos que Urara é uma das sete bruxas da escola e Yamada tem o poder de copiar o poder delas.


Miyamura descobre o segredo de Urara logo no começo e ele, Itou, Urara e Yamada entram para o clube de assuntos sobrenaturais e começam a investigar sobre outras bruxas. No entanto, o interessante do anime é que eles não descobrem rapidamente que existem outras bruxas e, portanto, a gente vai acompanhando o desenrolar da história e com isso um pouco do desenvolvimento da relação de Urara com Yamada, como os dois se aproximam a cada episódio! Depois, quando se sabe que existem outras bruxas, a cada episódio uma delas é apresentada e com isso Yamada e o clube vão se envolvendo em algumas confusões. A primeira a aparecer depois de Urara e a Odagiri, uma garota que ao beijar deixa as pessoas apaixonadas por ela. Quando Odagiri beija Yamada, o poder de copiar dele faz com a moça se apaixone com por ele. Depois temos Ootsuka, uma garota que tem poderes telepáticos, Maria que consegue ver o futuro, Takigawa que vê o passado de quem beija, Asuka que consegue ficar invisível e por último Rika, a garota que consegue fazer com as memórias das pessoas sejam apagadas e é responsável pelo arco final do anime.

Além desses personagens, temos Tamaki que também tem o poder de copiar e o presidente do conselho estudantil, que sabe tudo sobre as bruxas! Entre ouros personagens secundários!

Eu diria que o arco de Maria, quando ela sabe que alguém vai colocar fogo em um dos prédios antigos da escola é o que mais nos dá agonia ao ver, isso porque eles passam o episódio todo tentando resolver a situação, mas o arco final foi bem mais tenso!



Apesar de algumas cenas de troca troca de beijos e das fujoshis se sentirem felizes em alguns momentos, Yamada-kun to 7-nin no Majo não é um anime apelativo com fanservice para enrolar quem assiste. Claro que em algumas cenas o apelo sexual é evidente, mas ele está lá apenas como alivio cômico, uma parte pequena do anime, nada que atrapalhe o desenvolvimento da história. Pelo contrario, Yamada-kun to 7-nin no Majo se desenvolve bem, principalmente por mostrar o desenvolvimento entre Yamada e Urara, não sendo assim um anime de harém, quando tinha tudo para ser! Cada bruxa tem seus problemas e Yamada acaba se envolvendo com eles! Quem leu o mangá vai dizer que lá as histórias são mais detalhadas, mas o anime não deixa pontas soltas, sendo tudo até que bem explicado e com um final decente!

Quem gosta de comédia com uma boa história eu recomendo o anime, você vai se divertir ao acompanhar um historia com tons sobrenaturais e com uma pitada de um bom romance!


Pers



"Denki-Gai no Honya-san" é um anime de 12 episódios, baseado no mangá de Asato Mizu. Eu diria que o anime não tem um só protagonista, na verdade diria que todos os personagens possuem sua importância nesse enredo que se passa em uma loja de mangás aos arredores da "Cidade Elétrica" (Denki-Gai, que no Japão é o nome popular de uma área comercial especializada em eletrônicos). Umio é um rapaz que trabalha meio período lá, na livraria Uma no Hone, junto com Hiotan, uma garota bonita e às vezes ingênua; a Sensei, que desenha mangás e sonha em ser uma mangaká famosa; Fu Girl, uma menina que adora zumbis; Sommelier, um homem sem olhos (?), mas bastante perspicaz; Kameko, uma garotinha que gosta de tirar fotos e por fim, Kantoku, o gerente da loja que gosta de assediar Hiotan!


O anime é de comédia totalmente nonsense com cenas hilárias e piadas de duplo sentido. Enquanto vamos acompanhando a rotina de todos os personagens na loja, vamos descobrindo como cada um é, por exemplo, a sensei, que parece não ligar para as aparências, sempre vestindo a mesma roupa, mas que na verdade se preocupa bastante com sua falta de poder feminino. Ela e Umio são mais próximos porque o rapaz está sempre ajudando-a, já que como muitos mangakás, Sensei trabalha sempre com prazos apertados! Sensei nutre sentimentos por Umio e é muito fofo ver como ela reage sempre que ele a ajuda. Outro casal da série é o gerente tarado, Kantou, e a Hiotan. Kantou está sempre assediando a moça, mas nem sempre de maneira pervertida! E o terceiro casal é Sommelier e Fu, ele é alto e musculoso e ela aparentemente frágil e baixinha, juntos são uma dupla muito fofa, já que Sommelier está sempre disposto a ajudar Fu. Já a garota, está sempre disposta a bater em Umio por achá-lo parecido a um zumbi! 

Outros personagens na série são importantes como a famosa escritora Tsumorin, por quem Umio é fã. Tsumorin já teve um relacionamento com Kantou e sua presença sempre gera um certo conflito nos sentimentos de Hiotan. Além de Tsumorin, temos Ero Hon, uma mulher que inspeciona mangás eróticos, para ver se eles estão na seção certa. Ero se dá muito bem com Sommelier, já que o rapaz sempre acerta o gosto de todas as pessoas e isso não é diferente com ela, que adora um mangá pervertido. 


"Denki-Gai no Honya-san" tem um ritmo leve e descontraído, à medida que a história avança vamos descobrindo as mais diversas loucuras de seus personagens e um pouco mais dos sentimentos deles. Uma pena que a história acaba sem dar um verdadeiro fim à história dos casais, mas é diversão garantida!

Pers



"Ookami Shoujo to Kuro Ouji" é uma série escrita por Ayuko Hatta lançada na revista Bessatsu Margaret da Shueisha, sendo que o anime possui 12 episódios e acredito que todos os fãs de shoujo ficaram super felizes quando souberam da adaptação!

Erika Shinohara é uma garota de 16 anos, hiper mega inocente, que diz as suas amigas que tem um namorado, embora não tenha, só pra conseguir se enturmar na nova sala. Só que as novas amigas pedem pra ver um foto do namorado dela e desesperada a protagonista tira a foto de um rapaz super bonito passando na rua! O problema é que rapaz na verdade é um colega de escola chamado Kyouya Sata, aparentemente um a pessoa dócil e gentil, mas só na aparência mesmo, porque quando ele descobre a armação da Erika só permite que a garota leve a farsa adiante se ela se tornar seu cachorrinho de estimação! A partir de então vemos Erika tentando manter as aparências a todo custo e se envolvendo emocionalmente com Kyouya que é um sádico!



Erika é uma personagem tão boba e inocente, que se deixa enganar por qualquer um, o que irrita profundamente. Por outro lado Kyouya tem um lado tão sádico e sarcástico que em um determinado episódio Erika o xinga de “Cuzão” e eu sou obrigada a concordar com ela! Entretanto, amos os personagens crescem à medida que o anime transcorre. É evidente que Kyouya termina o anime bem diferente do que começou, pois se antes era frio e calculista ele termina menos frio, mas igualmente calculista e sádico, mas vamos dizer que a Erika o transforma para melhor. Kyouya e Erika começam modificar o relacionamento deles.

Personagens interessantes aparecem na série como Nozomi Kamiya, um rapaz super mulherengo que tenta convencer Kyouya a ser um também, além da irmã do protagonista que consegue ser pior do que ele. Pobre Erika!



“Ookami Shoujo to Kuroouji” não é um shoujo marcante porque tudo que acontece na série acaba sendo um tanto óbvio, o drama é bem raso, apesar de a comédia ser boa. Os personagens evoluem, mas o enredo é simples demais, mas devo dizer que foi bastante divertido acompanhar a série. Para terminara vale destacar a trilha sonora: a abertura é da banda SpecialThanks e eu gostei bastante de “Love good time”! Já a ending, Ookami Heart, é do grupo Oresama.

Enfim, oremos para mais shoujos saiam nas próximas temporadas!

Pers


Seishuu Handa é um jovem famoso em caligrafia, mas um dia em uma de suas exposições perde o total controle ao ouvir um senhor fazendo severas críticas de sua obra, tanto que agride fisicamente o tal senhor. Diante disso, Seishuu é forçado a ter umas férias e vai parar num lugar super pequeno, que funciona quase como uma vila, em que todos se conhecem. Assim, o protagonista conhece Naru, uma pequenina que sempre invade sua casa em busca de diversão, entre outros habitantes do lugar como Miwa e Tamako, duas garotas que antes usavam a atual casa de Seishuu como um clube e Hiroshi, o filho do líder local.

O anime vai mostrando pouco apouco a adaptação de Seishuu ao lugar e sua tentativa de se tornar novamente o melhor em caligrafia, pois apenas ser bom não basta. Seishuu persegue como louco a perfeição e parece um louco realmente quando está envolvido no trabalho. A adaptação não é fácil, principalmente porque privacidade não existe no local, todos aparecem e entram na sua casa quando bem entendem! Além disso, a tecnologia parece que não chegou ao lugar e Seishuu realmente se isola do mundo em que vivia antes. Por outro lado, o protagonista começa a aprender sobre a simplicidade da vida e vamos vendo seu amadurecimento ao longo da série. Tudo isso com uma boa dose de comédia non sense e com um drama nada pesado, como se o autor diluísse a parte do drama ao longo da série. Dessa forma, ninguém percebe a densidade da obra, ainda que ela esteja lá, bem presente nos mínimos detalhes, em curtos diálogos, em metáforas que relacionam coisas simples da vida com a situação profissional do protagonista.



As pessoas do povoado são simples, um grande contraste com a personalidade de Seishuu e essa troca entre o simples e humilde com o moderno e culto acaba sendo ótima para todos, principalmente para Seishuu que começa a perceber que o equilíbrio entre a perfeição e o original não é nada simples. Aliás, esse é um dos temas trabalhados no anime, a questão da originalidade artística, uma vez que ele sabe perfeitamente fazer aquilo que se deve fazer para ser bom em caligrafia, mas não consegue colocar sua própria originalidade na obra, algo que ele aprende aos poucos à medida que vai vivendo uma vida simples e normal. O local em que vive, apesar de ser um povoado pequeno, faz com que ele aumente e muito sua criatividade, principalmente porque Naru o ajuda e muito com seu modo espontâneo de ser.

O anime está repleto de personagens carismático, como as crianças, as duas adolescentes folgadas, entre outros. Eu confesso que no começo eu torci o nariz para a relação de Seishuu com a Naru, com medo de ser um tipo de Usagi Drop (mangá), mas a relação ficou mesmo no quesito amigos, com a inocência que se deve ter.

Por fim, “Barakamon” é um anime de alta qualidade por possui um bom enredo que dilui o drama e mistura com a comédia, além, é claro, de possuir personagens simpáticos e desenvolver bem a problemática do protagonista.

Pers